No meu trabalho eu sou obrigada a uma vez por ano fazer algum tipo de curso gerencial. Eles oferecem vários e a gente escolhe um. Aí eu empurrei todo um ano com a barriga, né? E acabou que fui compulsoriamente inscrita no último que me restava. Foi semana passada. O dia inteirinho.

Tosco, gente. A tarde inteira recortando e colando. E eu pensando no meu trabalho acumulado em cima da mesa. Aí, no final, o instrutor/professor/sei-lá-qual-o-nome mandou que todos formassem um círculo, dessem as mãos e fechassem os olhos. Aí colocou uma musiquinha com barulho de cachoeira e passarinhos cantando. E mandou que sentíssemos bem os pés no chão e que rodássemos os joelhos. Primeiro pra um lado. Depois pro outro. E pediu pra pensar num caminho bem florido, que transmitisse paz e que, ao final, a gente vislumbrasse uma porta. Eu até consegui abstrair a tosquice da história toda e me imaginei lá no caminho florido, já amarradona. Aí, gente, vocês não vão acreditar. Ele falou pra gente ir até aquela porta e abri-la, que sairíamos ali. Naquela sala.

Como o cara pode estragar tudo o que eu fiz num esforço enorme pra ver um pouco de lógica naquela porcaria? A porta do caminho florido dava naquela sala, gente. Um dos últimos lugares que gostaria de estar.

Ah! Se vocês acham pouco, no final ele mandou abraçarmos nossos colegas, tá?