Estou mudando de casa. Na verdade, de casa para um apertamento. Ops, apartamento. Então vocês podem imaginar que agora meu assunto preferido é decoração, né? Parei de comprar Elle e agora é só Casa e Construção e afins. Não lembro a última vez que fui ao shopping, mas à Leroy Merlyn já fui duas vezes na semana. E tô adorando. Como é legal isso, gente!

Bem, o fato é que eu me deparei com alguns “modismos” que não fazem muito a minha cabeça, sabe?

Tipo, agora é quase crime você querer pintar as paredes de sua sala de branco. Pelo menos uma parede bem coloridona você TEM que colocar. E eu não quero, não quero e não quero. Prefiro deixar a cor nos acessórios, como num quadro bacana e almofadas. Mas já me falaram que minha casa vai ficar parecendo um hospital. Fiquei magoada. Será?

Outro problema são as cubas dos banheiros. De fato são lindas aquelas quadradas sobrepostas. Dão o maior visual. Mas você já experimentou escovar os dentes numa dessas? Você acaba e, quando dá uma olhadinha pra baixo, consegue ver parte do seu cardápio pela louça. Nojinho, gente. Não dá.

Sabe aquele tipo de gente que quando cisma com alguma coisa é aquilo e pronto? Com comida, com marca de hidratante, com determinado restaurante, com determinados autores e por aí vai? Bem, eu sou assim. Se tô na fase do rabanete, como rabanete até enjoar. Se tô na fase do branco, uso branco quase todos os dias. No Spoleto aqui do lado, o moço até já decorou meu pedido.

Ok, ok. Isso é um problema meu e ninguém tem nada com isso, né? Bem, até certo ponto. Porque ano passado eu descobri que Nova Iorque é o meu lugar no mundo. A minha cidade preferida. O lugar que me faz feliz só de lembrar. Só de ver fotos. Só de ouvir histórias de quem vem de lá. O lugar que quero viver e morrer*. E agora eu quero ir pra lá todas as férias. Mas eu tenho um namorado. E ele, diferente de mim, é uma pessoa normal. E, lógico, quer traçar outros roteiros. Mas eu acho um desperdício ir a qualquer outro lugar do mundo que não seja Nova Iorque.

* eu adoro um exagero e um drama, não reparem!